As ligas de Beta-Titânio têm sua origem nos anos
60, quando a indústria metalúrgica consegue, por meio da adição de
Molibdênio, Zircônio e Estanho, estabilizar a estrutura cristalina de Titânio
em forma de cubo de base centrada (antes isto só ocorria em temperaturas
superiores a 885°C).
Estes fios
passaram a ser avaliados para fins ortodônticos a partir de fins dos anos 70
por Goldberg e Burstone. Sua composição básica reúne 79% de Titânio, 11% de
Molibdênio, 6% de Zircônio e 4% de Estanho.
Os fios de
Beta-Titânio, comercializados sob o nome de TMA (Titânium-Molibdenum Alloy),
apresentam propriedades mecânicas intermediárias entre o Aço inoxidável e o
Níquel-Titânio. Suas principais características clínicas são:
- Módulo de
elasticidade intermediário entre o aço inox e o Ni Ti (9.400.00 p.s.i), o que
indica seu uso em casos onde o aço é extremamente rígido e o Níquel-Titânio
muito flexível. Pode sofrer deflexões 105% maiores que o aço inoxidável, sem
deformações permanentes.
- Seu módulo de
resiliência também está entre o fio de aço e o fio de Ni Ti, conseqüentemente
produz forças com magnitude 50% menor que um fio de aço inoxidável com iguais
dimensões.
- Alta
tenacidade, o que o torna um fio que, apesar das propriedades elásticas, pode
também ser dobrado em alças, helicóides e ganchos, com pequeno risco de
fratura.
- Os fios de
Beta-Titânio têm resistência à corrosão semelhante aos fios de aço.
Outra
importante característica dos fios de TMA é a possibilidade de se soldar, com
solda a ponto, ganchos, alças ou esporões. Isto faz com que a versatilidade
deste fio seja ainda mais aumentada.
Use com inteligência este poderoso aliado da mecânica ortodôntica !
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