segunda-feira, 23 de setembro de 2013

“Imprimindo” um alicate?

Em 1892 Edward H. Angle decidiu abandonar a prática odontológica e tratar exclusivamente as más oclusões, fato inédito para a época, e que o tornou o primeiro especialista em Ortodontia. Pretendia com isso dedicar o seu tempo a dois grandes projetos: a redação de seu livro texto e desenvolver o design de aparelhos ortodônticos pré-fabricados, uma novidade no século XIX, já que seus colegas construíam cada acessório ou dispositivo em seus próprios consultórios.

Com grande entusiasmo, trabalhando sem descanso e obsessivo com os detalhes, Angle criou o braquete edgewise, que se tornou conhecido e utilizado em todo o mundo. O resto da história, todos conhecem. A indústria ortodôntica cresceu exponencialmente, permitindo aos profissionais adquirirem uma ampla gama de produtos, de variadas formas e funções.

Porém , uma reportagem de capa da revista inglesa The Economist, mostra que o tempo das fábricas caseiras pode estar de volta. A matéria trata das impressoras 3D, máquinas que já estão chegando ao comércio e que permitem a construção de qualquer objeto pela sucessiva sobreposição de finas camadas de plástico, resina ou metal.

A prototipagem, nome desta técnica, já vem sendo restritamente utilizada em nosso meio, mas imagine como seria sensacional poder fabricar, em sua própria sala de consulta, um parafuso metálico de mini-implante, uma barra transpalatina ou customizar aquele alicate da maneira que sempre sonhou!


Quanto ao custo, a reportagem informa que hoje, nos Estados Unidos, uma impressora 3D de pequeno porte custa cinco mil dólares. Menos que o preço de uma impressora jato de tinta no ano em que me formei em odontologia...

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