Em 1892 Edward H. Angle decidiu
abandonar a prática odontológica e tratar exclusivamente as más oclusões, fato
inédito para a época, e que o tornou o primeiro especialista em
Ortodontia. Pretendia com isso dedicar o seu tempo a dois grandes
projetos: a redação de seu livro texto e desenvolver o design de
aparelhos ortodônticos pré-fabricados, uma novidade no século XIX, já que seus
colegas construíam cada acessório ou dispositivo em seus próprios consultórios.
Com
grande entusiasmo, trabalhando sem descanso e obsessivo com os detalhes, Angle
criou o braquete edgewise, que se tornou conhecido e utilizado em todo o mundo.
O resto da história, todos conhecem. A indústria ortodôntica cresceu
exponencialmente, permitindo aos profissionais adquirirem uma ampla gama de
produtos, de variadas formas e funções.
Porém , uma reportagem de capa da revista inglesa The Economist, mostra
que o tempo das fábricas caseiras pode estar de volta. A matéria trata das
impressoras 3D, máquinas que já estão chegando ao comércio e que permitem a
construção de qualquer objeto pela sucessiva sobreposição de finas camadas de
plástico, resina ou metal.
A
prototipagem, nome desta técnica, já vem sendo restritamente utilizada em nosso
meio, mas imagine como seria sensacional poder fabricar, em sua própria sala de
consulta, um parafuso metálico de mini-implante, uma barra transpalatina ou
customizar aquele alicate da maneira que sempre sonhou!
Quanto
ao custo, a reportagem informa que hoje, nos Estados Unidos, uma impressora 3D
de pequeno porte custa cinco mil dólares. Menos que o preço de uma impressora
jato de tinta no ano em que me formei em odontologia...
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